segunda-feira, 1 de junho de 2009

DESABAFO

Acordei no domingo de ressaca e com uma náusea danada. Depois da oficina de cordeu, no sesc ipiranga, foi a vez do sesc pompéia. Antes já passei na adega, comprei um vinho e umas brejas. Como a VAN não bebe... degustei tudo sozinho, antes de entrar para assistir a apresentação do projeto BANG JHONSON, formado por vários grupos de rap. Tirando a playboizada que estava presente misturada com os verdadeiros, ocorreu tudo bem. Muito bom poder reviver vários clássicos do rap nacional e saber que os mesmo continuam na boca de quem sempre representa embaixo do palco. O engraçado era ver uma par de boy e paty que nunca vão a show algum, colar no sesc e se infiltrar em nossa legião, cantando apenas as músicas dos racionais. É chato comentar. Sei que é até preconceito da minha parte falar desse jeito.... mas não dá pra ficar calado: BOY É UMA PRAGA! e sempre foi assim: antigamente todos odiavam chinelos havaianas dizendo que era coisa de pião. Hoje em dia virou modinha entre esse tipo de gente. Depois todos tiravam o maior sarro de música como o forró e o sertanejo. Depois virou febre e eles tomaram. Quando o rap começou a surgir no Brasil, era coisa de marginal e drogado, assim como o samba. O samba virou moda entre a playboizada e com a chegada do charm ou r&b o rap também não escapou.
Conclusão: eles sempre estão cuspindo pra cima e logo em seguida tomando cusparada na cara. Além de não terem estilo próprio, trocam de estilo, como se trocassem de roupa. Tudo por causa da modinha do momentânea. E ainda sempre estão mudando o nome do gênero musical para tentar disfarçar.
Exemplo: o que era forró, virou FORRÓ UNIVERSITÁRIO. o que era r&b, charm, virou BLACK MUISC e a música rap eles classificam de HIP-HOP. O que era sertanejo, agora é chamado de SERTANEJO UNIVERSITÁRIO ou COUNTRY. E daí por diante. Mudam o nome para ficar mais "bonitinho". Mas o que me revolta, não é a presença deles nos nossos shows. O que realmente me deixa indignado é o fato de que lutamos constantemente para manter-mos a cultura viva, criar uma indentidade, e quando consiguimos, chega essas pessoas que nunca cataram um trem lotado, não sabe o que esperar o ônibus que não para na saída de um show, nem muito menos enfrentaram shows superlotados com direito a gás lacrimôgeneo atacado pela polícia junto a balas de borracha. Mas com a maior cara-de-pau, estavam lá presentes. Cantando somente as músicas dos RACIONAIS. Enquanto eu vi vários verdadeiros pra fora do show por falta de ingressos. Quando tocava as músicas do CONCIÊNCIA HUMANA, RZO (tirando a música do trem) , U-TIME e outros, dava nitidamente para saber quem era do rap e quem estava lá para ver o MANO BROWN.
Desculpem-me por eu ter usado este espaço apenas para desabafar. Mas é que eu AMO o RAP! e a CULTURA HIP-HOP. Foi em um desses espaços que a sociedade hipócrita diz que é coisa de marginal, criminoso, drogado e outros adjetivos que eu conheci minha noiva em meados do ano 2000. Por isso defendo o rap até a morte. E acabo de declarar que não gosto que invadem nossos eventos porque tenho ciúmes da nossa cultura.

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